domingo, 3 de novembro de 2013

MORRER NÃO É O FIM, CÉUS



 Advertiu Jesus: "não temais os que matam o corpo, e não podem matar a Alma" (Mateus 10. 28)

  Ciclos naturais da evolução. Porém, o homem ao longo da sua história encara com certo receio, um temor indefinível por compreender nesse estado de coisas que envolvem a natureza humana como se fossem fantasmas da sua integridade física. E dessa forma muitos aspiram no porvir, poder erradicar da face da Terra: a doença, a velhice, e até mesmo a morte.
     No raiar do século XXI... O entendimento sobre a imortalidade da alma às vezes ainda soa como ilusões para muitas pessoas, e são propagadas até com um colorido fantástico nos canais de comunicação buscando atrair o interesse das massas.

   Com expectativa foi divulgado o trabalho realizado por um determinado Laboratório Clínico nos Estados Unidos da América, que desenvolve a técnica de congelar corpos humanos sem vida, aguardando conhecer no futuro todo o segredo físico-químico da gênese dos seres, para alcançar um rejuvenescimento celular na esperança de fazer esses cadáveres retornarem à vida animal.
      E esse Laboratório que procede isoladamente no campo da pesquisa em que atua, é procurado por muitas pessoas que detém poder econômico, no intuito de encontrar o que eles entendem e buscam como “imortalidade”, e que gastam fabulosa parte de sua fortuna firmando contratos com essa Clínica.
       E nesse passe miraculoso, essas pessoas sonham superar o fenômeno da morte carnal conservando seus corpos em grandes máquinas de refrigeração, na suposição de que a Ciência, um dia, possa dar condições de despertar a consciência para o retorno à existência material naquele mesmo corpo físico congelado no tempo.

 Outros criam seitas, conquistam adeptos, financiam pesquisas com a clonagem das células (também na América do Norte) nessa ilusão de descobrirem a solução de perpetuar o existir do ser em corpos humanos perecíveis. A ideia gira em torno de que no futuro, com as novas descobertas sobre o DNA, a Ciência possa dar condições de no momento fatal da morte transmudar a força intelectual da mente do indivíduo e acoplá-la em uma célula já codificada destinada à clonagem dessa pessoa.
      E assim em laboratórios e máquinas essas pessoas lançam suas esperanças que encontrarão o que eles compreendem e idealizam para si mesmos, como uma ressurreição para o eterno continuar na existência material.

                      
  Atualmente, existem também denominações de crenças que examinam literalmente e de forma isolada trechos bíblicos, esquecendo o conjunto da revelação imortalista do Evangelho; e aceitam uma ressurreição somente para o que eles visionam como sendo “o final dos tempos terrestres”, onde o ser se reintegrará com todas as moléculas físicas do antigo corpo sepultado e que sofreu a decomposição orgânica no tempo e espaço da evolução terrestre. É uma interpretação pró-materialista, porque coloca o Criador distante do desenrolar da vida (fora das leis da natureza), e faz da criatura um ser sem alma subordinado a um acaso cego e inconsequente.
  Segundo o conceito dessas crenças com tendências materialistas: as criaturas viveriam meses, dias, anos e até possivelmente um centenário de existência humana, depois sofreriam a morte física na qual a consciência seria absorvida no caos do nada, aguardando assim indefinidamente o chamado de retorno à vida física para o julgamento de suas ações, onde grandes, pequenos, ricos, pobres, sábios, tolos, criaturas da idade da pedra juntamente com o homem moderno... 
                 

    Pessoas que viveram as mais complicadas provações estariam sendo despertadas do vazio do nada para sofrerem o juízo que os lançariam na condenação eterna, sem terem mais oportunidades de se educarem como seres que foram criados de acordo a própria descrição bíblica: à imagem e semelhança do seu Criador.   
  Para os seres inteligentes viverem uma única vez na Terra e depois sofrerem a condenação infinita - todos teriam que nascer em iguais condições sociais, intelectuais e até mesmo morais, e passarem por provações semelhantes. Mas, o que percebemos na grande engrenagem da vida, no tempo e espaço das sociedades dos povos humanos, são diversidades de provações em variados níveis de evolução. E tudo isso nos revela muito mais do que uma simples etapa de existência casual, o progresso intelectual das almas em sucessivas gerações. 
         Demonstrando exemplos na historia dos povos da antiguidade, deparamos com uma civilização que era considerada uma potência entre as nações do passado...
        
       
       Lembremos um pouco os costumes religiosos do Egito antigo há 5000 anos passados, um determinado grupo social daquela época: Faraós, Sacerdotes, Mandatários do Império também buscavam nos conhecimentos secretos a mumificação de seus corpos na esperança de encontrarem no porvir uma ressurreição material.
     E quando morriam seus restos mortais eram conservados e depositados em sarcófagos juntamente com as joias particulares do falecido, fundidas em ouro puro, na esperança de que aquela alma reencontrasse na eternidade o corpo certo para seu despertamento. Era uma ideia...  São transcorridos mais de 5000 anos e algumas dessas múmias estão em museus até hoje para a contemplação do público moderno.
                               
         Vamos analisar a seguinte hipótese absurda: admitamos que a Ciência tenha feito grandes desenvolvimentos a ponto de sonhar em despertar uma múmia da antiguidade egípcia.      

          Para que acontecesse o sucesso dessa ação absurda era necessário que a Alma daquela criatura que vivera naquele corpo, naquele tempo, há mais ou menos 5000 anos passados, permanecesse num estado de inconsciência total até o presente momento; porque caso ela tenha consciência exata daquilo que ocorreu com a evolução da vida no contexto cósmico, então naturalmente, terá participado da vida em uma dimensão diferentemente do habitat humano e, lógico para retornar à existência material irá relutar em reintegrar-se às condições do mundo moderno, num corpo em putrefação sem o fluido vital.           

      Assim, muitos têm procurado a imortalidade com fórmulas exteriores, desconhecendo que a força imortal está latente no seu interior, na sua consciência espiritual, na sobrevivência do ser que transmuta a morte não em estrutura de células carnais, e sim com um foco de luz extrafísica, indestrutível: em corpo espiritual - I Coríntios 15. 42 a 44 Bíblia sagrada
     
        Analisemos a seguinte comparação: a lâmpada isolada representa um corpo físico, sem o foco de luz que a ilumina ela é apenas um objeto inerte, sem claridade. Conectada na tomada de luz o seu foco se faz presente e alcança a sua utilidade. A luz representa a alma da lâmpada que irradia através do sistema de condutor elétrico que a estrutura. E assim como a lâmpada encontra a sua serventia no foco de luz que procede diretamente da usina de força; a alma ou espírito tem naturalmente, sua origem e sustentação na fonte universal da vida que procede de DEUS – o Criador da Vida. Isso porque em Deus vivemos, nos movemos, e temos a razão de existir para sempre -Atos dos Apóstolos 17. 28 Bíblia 


         No mecanismo das coisas materiais, muitas vezes compreendemos os mistérios das coisas espirituais.


          Allan Kardec perguntou aos Espíritos, na codificação da Doutrina Espírita, em o Livro dos Espíritos questão 136, item b: Que seria o corpo, se não tivesse alma? Eis a resposta: simples massa de carne sem inteligência, tudo o que quiserdes, exceto um ser.


          E como comprova a alma sua individualidade, uma vez que não tem mais corpo material? Questão 150, item a, e lhe foi respondido: continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.

          E, de acordo com a Doutrina dos Espíritos a criatura humana é um ser em três dimensões essenciais:       

1 – corpo orgânico, que é análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital e formado de células;

2 – espírito, ser imaterial (foco imortal de luz que guarda os registros da inteligência) e que tem no corpo orgânico a sua encarnação;

3 – perispírito que é o principio intermediário, uma substância energética que serve de envoltório ao Espírito e o liga ao corpo físico.

           Quando ocorre a morte o que existe de fato dentro das Leis que regem a Vida, é um desprendimento gradual do perispírito – o vestuário do Espírito, e que está conectado ao corpo material célula a célula. Esgotam-se o funcionamento dos órgãos e o fluido vital que anima a máquina fisiológica se torna impotente para a manutenção do corpo carnal, ocasionando o rompimento dos laços fluídicos que se desfazem e o Espírito se liberta, tal qual o ar que estava comprimido em uma câmara se esvai quando esta sofre um furo.
             O ser espiritual não perde a sua individualidade própria, conserva os caracteres pessoais através da sua consciência espiritual. Portanto, está fora das leis da natureza a hipótese absurda no sentido de querer religar a Alma ou Espírito aos centros vitais do corpo carnal que animara depois do desencarne completo, (falecimento físico) considerando também que a estrutura celular entra em estado de decomposição orgânica.
                              
          De todas as regiões do planeta terrestre partem almas humanas, aos milhares, demandando a dimensão extrafísica do Além. Vão-se de pobres localidades, de simples vilarejos, como também de grandes metrópoles nos países super desenvolvidos e, na mesma igualdade esse fenômeno funciona para todos não importa a condição social. É uma lei da natureza que faz o ser refletir na sua humildade e reverenciar a grandeza da Criação de Deus, onde os seres atravessam os portais da vida além, entrando em outros domínios do Universo com o mesmo receio do período das cavernas.
                                        
         Porém, para que o ser humano não fique nesse caos de interrogações milenares em relação à vida, pois a morte não é o fim de tudo, mas uma renovação para a evolução do ser dentro da meta para a eternidade. É consciente lembrar que o homem não nasceu sabendo, atravessou grandes períodos de aprendizagens até beneficiar a vida moderna com grandes realizações e conhecimentos tecnológicos.
         E assim como a Providencia Divina naturalmente concedeu os meios da Física que estuda as propriedades dos corpos, seus fenômenos e as leis que os regem. A Química que estuda as transformações substanciais da matéria, os caracteres dos corpos, os princípios que regulam essas ações. A Biologia que estuda os seres vivos e suas relações com os ecossistemas. A Medicina arte e ciência de curar ou atenuar as doenças. Na mesma equidade que rege a evolução dos seres, Deus em sua onisciência concedeu também um sistema de revelação que esclarece os fundamentos essenciais da existência espiritual.

                               

       A revelação dos Espíritos idealiza uma atividade de grande benemerência para a humanidade, com um perfil Consolador por elucidar as questões que mais interrogamos a nós mesmos: O que realmente somos? Por que nascemos? Por que sofremos? Por que temos que morrer? O que será da nossa consciência depois da morte corporal? E essa última questão, o conhecimento da vida após a morte é a que mais preocupa os seres humanos. Quem ainda não sofreu, ou virá a sofrer pela perda de um afeto? Por mais insensível que a pessoa seja, por mais materialista que ela se auto-afirme, ou por mais descrente que ela se julgue, o fato é que ela se comove quando a causa morte atinge o círculo dos afetos pessoais. Realmente, aí necessitamos de forças interiores para transmutar o passaporte extrafísico do além. 

         Pessoas insatisfeitas com o viver devem até se expressar assim, num momento de irreflexão: a vida é apenas um breve espaço de tempo com sofrimentos que culmina com um sofrimento maior - a morte. 

          Sonhadores sem esperanças! Que congelaram seus corpos na falsa suposição que encontrarão fora das leis da natureza, a fonte da ressurreição que lhes facultariam a vida eterna em corpos perecíveis do reino animal.                             

         Outros tantos que ocultam suas mágoas contra a morte numa frieza insensível que o próprio sentimento não concorda. Pois não haveria sentido na vida se a morte fosse o fim de tudo. 
        
       Não haveria racionalidade acreditar-se nem mesmo em Deus, admitindo o nada para a Alma além-túmulo - (Lucas 20. 38) (I Coríntios 15. 15) 

          A Doutrina Espírita não somente informa como comprova a sobrevivência do ser espiritual em outra dimensão após a morte do corpo carnal, pois é o cumprir das promessas do Cristo sobre o Consolador – o Espírito da Verdade que viria esclarecer, conscientizar as criaturas equilibrando a balança do conhecimento humano em espiritualidade tanto quanto o ser humano aprendeu em Ciência e Tecnologia no desenrolar do último milênio. 

         A interação espiritual entre os seres inteligentes do Plano Espiritual com as pessoas do Mundo material é um dos seguimentos da missão do Consolador prometido por Jesus, que viria positivar a continuação da vida além da morte, fenômeno tão natural quanto nascer. As dimensões vibratórias da vida no Universo são infinitas, assim como infinitos são os Mundos habitados que povoam a imensidade. 
    
            nada é a tola suposição daqueles que não querem admitir o poder imensurável da Criação de Deus. Ser algum depois de criado se extingui no vazio do nada (inconsciência). A morte é apenas uma renovação, a força intelectual (Alma/Espírito) desencarna do organismo celular, e em forma de energia entra em outros planos da natureza universal para a aferição de valores imortais com responsabilidades dentro do programa de ascensão dos seres para infinito. Naturalmente o mecanismo da vida é dirigido pelo principio divino: a cada um segundo as suas próprias obras, pois na Criação existem múltiplas maneiras de educar os seres.                 

          Levianamente, a ignorância sempre causa choques na opinião, e ao invés de refletirmos sobre a grandeza da vida sempre somos arrastados pelas sugestões insignificantes – a de acomodação e negativismo. Não desanimemos! Pois o próprio Jesus, que é o Cristo de Deus, foi vitima da descrença de religiosos de sua época apegados ao caos do materialismo que zombaram dos seus ideias com ironia. E ainda hoje muitos que abraçam os ideais do Evangelho, o ignoram como leis e princípios de inclusão à vida plena no contexto dos céus.
          

         Diante da postura de diversos cultos religiosos da sociedade, a afirmação dos ensinamentos do Cristo como uma revelação que conscientiza a imortalidade do ser tem sido um trabalho a longo prazo, que convoca a moralização do ser como consciência iluminada para ser útil dentro da programação da vida.
     
     Muitos desconhecem a grande luta que o cristianismo sofreu com a má vontade humana até firmar-se no seio dos povos ocidentais como uma doutrina baseada na espiritualidade.
                             
       À luz da revelação consoladora do Espírito da Verdade, conforme João capítulos 14. 16 a 27; 15. 26; 16. 7 a 13 que viria restabelecer a ordem das coisas na difusão da boa nova de Jesus - relembrando, esclarecendo e acrescentando novos conceitos da moral do Cristo... 

         Realçamos, pois, os princípios da revelação imortalista da qual Jesus foi o seu Mestre maior, e onde nas suas explanações sobre a vida futura não somente tecia comentários sobre a imortalidade, como também se preocupou em comprová-la com autenticidade. Ele convida os apóstolos mais perceptíveis à sua causa e diante dos mesmos maravilhados, no monte Tabor, se transfigura em radiante luz!...
        Mantendo um diálogo construtivo com criaturas que já haviam transpostos os portais da vida além, há mais de 1000 anos passados. Narra o Evangelho que os espíritos de Moisés e Elias retornaram depois da morte humana para esse contato espírita com o Mestre (Mateus 17. 1 a 9). 

        O próprio Jesus também depois da sua morte no Gólgota, por diversas vezes, proporcionou intercâmbio espiritual com os apóstolos com a finalidade de reconfortá-los afim de que os mesmos não desanimassem em suas missões (Lucas 24. 13 - 31). “Estabelecendo o legado divino de tudo aquilo que ele fez, nós também poderíamos fazê-lo e em condições maiores – João 14. 12 a 14”.
        
             Em uma visão espiritual Saulo, o perseguidor fanático dos primeiros cristãos: vê, ouve e sente o Cristo redivivo às portas da cidade de Damasco, convertendo-se dessa forma ao Evangelho e se transforma em Paulo, o apóstolo dos povos pagãos. 

         Mas, não é somente a ressurreição do Cristo depois da morte carnal que deve chamar a atenção dos estudiosos, fato natural de materialização fluídica por condensação molecar do corpo de energia do espírito.
         
      E sim, também as numerosas aparições de almas venturosas que comprovaram com eficácia as suas sobrevivências aos entes saudosos, testificando assim a vida imortal do ser espiritual para além das fronteiras dos túmulos, conforme descreve o Evangelho de Mateus no capítulo 27 versículos 51 a 53:
          Eis que o véu do templo se desfez de alto a baixo...  Tremeu a terra...  Fenderam-se as rochas...  Abriram-se os portais do além-túmulo e muitas pessoas já falecidas (almas dos antepassados), ressurgem em seus corpos espirituais santificados atestando o continuísmo da vida depois da morte física, e entram na cidade de Jerusalém e reaparecem também para muitos... Todas essas aparições espirituais se tornaram possíveis, visíveis e reais com Jesus.
                                                                                       
          Assim, se estamos sofrendo a perda de um afeto que partiu para a vida além, devemos estar conscientes que esta separação é momentânea no curso da existência. Um dia todos nos encontraremos em planos diferentes do mundo material com os afetos trespassados, onde certamente seremos mais felizes. Não é errado sentirmos saudades dessa separação, só não é correto torturarmos os afetos que se mudaram para a existência espiritual com os nossos pensamentos de tristeza, de revolta, e incompreensão contra os princípios naturais que regem a programação da vida.  
   

          Firmemos a consciência no porvir e saibamos que a morte é apenas uma passagem para o outro lado da vida. Compreendamos esta verdade dentro de nós mesmos deflagrada pelo próprio Jesus: "Deus, o Criador, não é Deus de mortos; mas dos para sempre vivos (Mateus 22. 31 a 32)",  quer sejam da existência material na Terra, assim como nas dimensões espirituais do Além.

C É U S 
 Abrahão Ribeiro
Voz Q Clama
Intensivo Difusão Espiritualidade Evangélica – I D E
     Voz do Espírito

 



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